Peixes sem maxilas

Introdução

Agnatos ("sem mandíbulas") foram os primeiros peixes. Seus únicos parentes vivos são o peixe bruxa e lampreia - parasitas com forma de enguia que se prendem em outros peixes para se alimentarem de sua carne ou sangue. Eles eram pequenos, com menos de 15 cm de comprimento, embora alguns atingissem até um metro - muitos tinham a forma de um girino. Eles representavam um número de características que são consideradas primitivas. Suas bocas eram permanentemente abertas porque eles não tinham maxila. Eles não tinham esqueleto interno e nem nadadeiras pareadas. Pelo fato de possuírem um número menor de nadadeiras, se comparados aos peixes avançados os agnatos não eram capazes de muita manobra na água. Peixes sem maxilas viveram em mares, só depois invadiram rios e lagos. Eles nadavam através do movimento de sua cauda e sugavam as partículas de alimento da lama ou as que flutuavam na água. A armadura óssea os protegiam de escorpiões marinhos e outros predadores. 

Vertebrados Pioneiros  
 
Sacabambaspis era um peixe que tinha a forma de um girino e viveu há milhões de anos. Ele nadava movimentando sua cauda e não tinha nadadeiras, o que tornava quase impossível uma freada ou manobras. Dois olhos salientes e delicados, fixos na sua cabeça encouraçada, vigiavam enquanto ele sugava da água pedacinhos de alimentos para dentro da sua boca, que se mantinha constantemente aberta. Sacabambaspis viveu em mares rasos, mas seus fósseis foram encontrados em rochas com altitudes andinas nas montanhas dos Andes bolivianos. Agnatos mais antigos, 80 milhões de anos mais velhos, são agora conhecidos em rochas da China. 

Equilíbrio

Cephalaspis era membro de um grande grupo de peixes sem maxilas. Tinha uma cabeça óssea grande com olhos no topo, a boca posicionada ventralmente e órgãos dos sentidos nas laterais e no topo da cabeça. A cauda voltada para cima mantinha a cabeça direcionada para baixo enquanto ele nadava. Um par de abas escamosas similares a nadadeiras proporcionava o equilíbrio e uma nadadeira dorsal o ajudava a frear.

Escudo com asas 

Pteraspis ("escudo com asas") é assim chamado porque tinha espinhos salientes em formas de asas em suas laterais. Sua cabeça encouraçada tinha a frente da boca um nariz longo e afilado direcionado para cima. Sem maxilas ele mantinha sua boca constantemente aberta, nadando pouco acima do substrato, engolindo pequenas criaturas semelhantes a camarões atuais; Pteraspis e outros agnatos foram muito bem sucedidos durante o final do Siluriano e início do Devoniano, tanto em número de indivíduos quanto em diversidade de espécies.

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